O presidente Lula recebeu com perplexidade matéria do jornal O Globo desta segunda-feira (8/3) que critica a participação da ministra Dilma Roussef (Casa Civil) na cerimônia de inauguração de um hospital na Baixada Fluminense, sábado passado (6/3). Segundo o jornal, a obra não recebeu recursos do governo federal para justificar a presença da ministra. Lula rebateu em entrevista concedida hoje de manhã à rádio Melodia FM:
Qualquer pessoa menos medíocre entenderia que o Rio só teve recursos para o hospital porque o governo destinou dinheiro para outras obras.
O presidente enfatizou ainda durante a entrevista que o Rio de Janeiro merece todo o apoio do governo federal, pois nos últimos tempos, a capital fluminense só teve prejuízos.
A cara do Brasil no exterior é o Rio. Quanto mais o Rio se desenvolver, melhor para todos nós brasileiros.
Para ler a transcrição da entrevista, clique
aqui.
Perguntado sobre qual seria seu maior legado, Lula afirmou que é o fato de que, como representante da população mais humilde, “chegou ao governo e sabe governar”. Ele explicou também que perdeu duas eleições e, em todas as ocasiões, o que mais o frustrava era o fato de o povo pobre não votar nele:
Ora, ele achava que eu era comunista, esquerdista demais, ora ele achava que eu era igual a ele e, portanto, eu não tinha condições de governar. Então, qual é o grande legado que eu quero deixar para este País? É o seguinte: a maioria do povo humilde deste país está aprendendo que um deles chegou ao governo e sabe governar.
O presidente Lula destacou os investimentos que o governo federal vem fazendo em todo o País, em especial em áreas carentes como as que estão recebendo os recursos no Rio de Janeiro – Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexo do Alemão e Manguinhos, entre outros.
Lula fez ainda, durante a entrevista, uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher:
Acho que no mundo as mulheres têm cada vez mais importância no cenário político, no mundo do trabalho. As mulheres estão cada vez mais ocupando cargos importantes, sem pedir favor. Ou seja, no fundo, no fundo a mulher está deixando de ser utilizada como se fosse cidadã de segunda classe, como se fosse objeto, e está se colocando como um ser político, e ela, então, está ocupando espaços extraordinários na política nacional.Blog do Planalto