O PT solicitou ao Ministério Público de São Paulo abertura de investigação para apurar suposto conluio entre empreiteiras e indícios de licitação viciada nos lotes 3 a 8 da linha 5 (Lilás) do Metrô. O partido pede que seja apurada a responsabilidade do poder público.
Em representação enviada ontem ao procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, a bancada petista solicita 'apuração de possível ilegalidade, inconstitucionalidade e improbidade na conduta' de autoridades do Estado, citando, nominalmente, o ex-governador José Serra e o atual Alberto Goldman.
'Há um cheiro esquisitíssimo de irregularidade. O Metrô de São Paulo já é objeto de irregularidades gravíssimas e os agentes políticos e empresariais precisam ser responsabilizados', afirmou o líder do PT na Assembleia, Antônio Mentor. A representação lista outros episódios, como o acidente na linha 4 (amarela) e o caso Alstom - supostos pagamentos de propinas pela empresa francesa Alstom a autoridades brasileiras.
Em outra frente, o PDT, com apoio de oposicionistas ao governo do PSDB no Estado, coleta assinaturas para instauração da CPI do Metrô na Assembleia Legislativa. Até ontem à noite o partido havia coletado 14. São necessárias pelo menos 32 assinaturas dos 94 parlamentares para abrir uma comissão parlamentar de inquérito.
Como o governo estadual tem maioria na Assembleia, O PT acha pouco provável que a CPI prospere. A bancada, porém, subscreve o requerimento com o PDT. O deputado Major Olímpio (PDT) afirma que há 25 assinaturas 'asseguradas' e que o presidente estadual do partido, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, fará apelos a parlamentares do PMDB, PRB e da própria sigla para que apoiem a investigação na Assembleia Legislativa.
'A base pode ser aliada, mas não alienada', diz Olímpio, que espera instaurar a CPI neste mandato. A bancada eleita tomará posse em março de 2011. O futuro governador Geraldo Alckmin (PSDB) terá maioria.
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